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"Conheci já em Portugal a
Discoteca 2001 no Autódromo do Estoril
A mais famosa discoteca em
Portugal, é mesmo o 2001, inaugurado em 1973 no Autódromo do Estoril. Fica
aberto até às quatro horas da madrugada e é onde toda a gente vem parar ao fim
da noite. Talvez seja o primeiro lugar democrático na noite da capital, pois
para entrar basta pagar à porta. O porteiro também não torce o nariz aos que não
vêm acompanhados. Ao contrário das outras boîtes da moda, quem quer atacar a
pista não precisa de par. É aqui, na dança, que todos os géneros se misturam.
Este é o tempo do rock contra disco, mas também dos pré-punks e da new wave, dos
atinados, o dos prá-frentex, dos freaks contra os malaicos. A identidade
maioritária dos grupos juvenis começa agora a definir-se na iconografia da moda,
e os comportamentos moldam-se ao som do que se ouve... A liberdade já passou por
aqui.
Foi uma instituição da
noite de Cascais, catedral dos aficionados do rock. Esteve fechada algum tempo,
reabriu em 2007, para alegria de todos os saudosos do tempo em que nas pistas de
dança não se dançava apenas ao som de música eletrónica.
O 2001 foi a primeira
grande discoteca do País.
Discoteca 2001 interior ( foto net
)
Este ano de 2013, em
Outubro fará 40 anos, só comecei a ir ao 2001 em 1975 a quando da minha vinda de
Angola, estava na berra e então eu, e mais alguns avilos de Luanda íamos lá para
na descontração, convivermos, e com as garinas dar-mos um pé de dança, passar um
bom serão. Noites bem passadas.
Lembro-me das colunas de
som nunca vistas, eram novidades, e aquela cabine que fazem as delicias de
qualquer DJ (ah aquele piano de luzes...)
Quando abriu, em 1973,
muita juventude ficou com aquele vicio diário de ir àquela discoteca, valia
tudo. De Lisboa, ia-se de comboio até ao Estoril e apanhava-se um táxi, ou ia-se
de automóvel, sem qualquer preocupação no regresso, pois havia a certeza de ter
sempre uma boleia de volta, nem que fosse apenas até à estação dos
comboios.
Ainda me lembro de comer
bons bifes pela madrugada ao som de David Bowie ou Lou Reed, nas caves de São
José, ou no Pub o Barril, e lembro-me de quase todos, cada qual com a sua
história especial, fosse uma nova namorada ou um record de velocidade na curva
do Mónaco.
Quando penso, fico todo
arrepiado, aquela reta final, a entrada do Autódromo e ao longe através da névoa
das luzes que iam aumentando de intensidade, sair do carro e sentir a vibração
nos ossos daquela música tão especial...Deep Purple, Van Zant, Asia, Nazareth,
Dream Police, Rainbow, AC/DC, Aldo Nova, Ramones, e tantos, tantos
outros.....
Mas nem tudo se confinava
aqui. A abertura política que se começa a fazer sentir nos primeiros anos da
década de 70 rasga horizontes na juventude urbana, que se inquieta ao som dos
Rolling Stones, Lou Reed, Peter Frampton e Roxy Music... também há o Reggae... e
fuma-se erva, principalmente muita liamba.
Depois ter que bater um
coro ao Seixas, que alguns avilos já tinham mais de 16, e mesmo depois dos 18
ainda alguns terem que mostrar o B.I. por terem cara de kandengues ....QUE
NERVOS....Os tickets de entrada a 30 escudos, que ganza. Os madiés sem
kumbu.
Normalmente jantavamos no
célebre PIC NIC no Rossio e com muitas amizades lá íamos, João da Lusolanda, Rui
Machado, Paulo Alexandre, Luís Henriques, Zé Banqueiro, Zé Ideias, Resende,
Fernando Transmontano e muitos outros sem contar obviamente com as namoradas que
deixo incógnitas para evitar confusões. Apenas uma pequena menção á Manuela
Pires ( Nela Peixeira ) e á Isabel Madruga ( Bé )....
...Tudo isto faz parte das
nossas memórias dos anos 70 a 80.
Discoteca 2001 ( foto net )
Deve ser normal, pois tenho
saudades de muita coisa do meu passado. Vivi fases boas e más, mas gostei sempre
mais das fases em que vinha primeiro com a minha Mota 350 Honda, depois com o
mini 1275, eu e o João da Lusolanda, e outros avilos ía-mos por aí fora, até
onde queríamos. Hoje quando ouço as pessoas, a falar da suas vivências até me
sinto um pouco desfasado, não sei. No entanto acho que vivi todas essas épocas
da minha juventude de uma maneira intensa.
"Puxar da guitarra" e
dedilhar umas boas notas era a forma de exteriorizar o boomm que entrava pelo
peito e batia forte na cabeça !!! Fazia-mos principalmente na praia de
Carcavelos, como se estivesse-mos num pais tropical, como se estivesse-mos em
Luanda, grandes noitadas na praia com umas garrafas de cervejas, e muita
música.
Ainda lá vou, de vez em
quando, á discoteca 2001, matar saudades com amigos.
Festa da Cerveja em 2013
Depois, há sempre, grandes
empreendedores que organizam, as festas que continuam a fazer da Discoteca 2001
um lugar memorável.
Festa do quadragésimo aniversário em 18 de
Outubro
ZÉ
ANTUNES
2013 "
TEXTO RETIRADO DE:
2001 - a Catedral do Rock
"Devido à proximidade geográfica e ao meu gosto pelo rock, os sábados da minha juventude foram passados nesses espaço nocturno. Apesar de ter experimentado outros espaços, a martelada não fazia parte da minha identidade e sempre me senti deslocado.
Era neste espaço no Autódromo do Estoril, com sofás ainda dos anos 70, não muito abonada de espaço, que saciava a minha necessidade de ouvir e sentir o rock. Apesar de já não subir aqueles degraus de acesso ao "2", como é chamada, à cerca de 15 anos, apesar de mais calmo e mais maduro, se a proposta for ir a algo mais que um bar numa noite qualquer, é lá que eu vou e mais nenhum espaço e ser um daqueles trintões, e mais velhos, que eu via era eu um puto com poucos pelos na cara."
Retirado de:
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É graças a todos vós e à vossa devoção inabalável que o 2001 existe e já com uma idade respeitável.
Em breve, esta legião de fãs terá oportunidade de se reencontrar para reviver momentos que nunca esqueceu.Essa fidelidade e lealdade é para nós motivo de orgulho e de enorme agradecimento.
…
Será um acontecimento único, como único e inimitável é o 2001.
Até breve,
2001, SEMPRE!
( Facebook, Discoteca 2001 )
"…Como sempre fui um adepto deste tipo de musica, ao longo destes anos
todos fui adquirindo conhecimento de
artistas que se representam no Rock da Linha, desde o Rock n Stock que
passava na rádio comercial com o
saudoso Luís Filipe Barros, passando pelas noitadas na discoteca JetSet
(mais tarde discoteca News) na Malveira
da Serra, no Palm Beach em Cascais, no Túnel em Torres Vedras ou
quando se conseguia umas massas na feira
da ladra em Lisboa e se ia de comboio até ao Estoril e a partir dai punha-se
a mão esticada, na esperança que
uma boleia nos deixa-se à porta do Autódromo do Estoril para passar as
horas seguintes a ouvir o Rock a bombar
na discoteca que chegou a ser conhecida internacionalmente pela musica
que passava e especialmente pelo ALTO
som que tinha, a catedral do Rock "Discoteca 2001". …"
com a autoria de:
Gpar_newws Copyright 2004
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As noites no 2001
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"Vestimos umas calças de ganga coçadas e uma camisa escura. Pegamos no carro e vamos ao Relento em Algés, comer um bife na frigideira, acompanhado com cerveja qb.
Falamos do dia, dos dias, do bom, do mau, rimos, sorrimos, ouvimos, falamos.
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Rumamos ao Deck, no Estoril, onde começa verdadeiramente a noite. Bebemos cerveja, escutamos a música, observamos quem passa, fumamos e continuamos a conversa, que resume toda uma semana enfiados dentro do fato e asfixiados pela gravata. Fazemos horas.
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Horas feitas, e vamos de novo para o carro. Seguimos para o autódromo. Chegamos e há carros parados, uns com pessoas dentro, outros vazios e com pessoas sentadas no capot a fumar. Um sonoro e vibrante BUM-BUM ecoa das janelas ainda abertas, por baixo da bancada.
A música já está a abrir.
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Apaga-se o último cigarro e subimos os poucos degraus.
Os rapazes pagam, as meninas não, mas não faz mal, o vodka tónico não é caro e o bilhete dá para dois.
Um segurança com cabelo curto e uns braços que nem se conseguem encostar ao corpo, dá-nos as boas noites e aponta para a porta. Lá dentro, a música é ensurdecedora e há já um número considerável de pessoas aos saltos.
Finalmente, passamos pela bancada do dj e, a custo, abrimos caminho até ao nosso sítio, sempre atrás dos sofás gastos de muitos anos, vermelhos com listas pretas.
O cheiro inconfundível dos charros já paira no ar, mas faz parte do ambiente da catedral do hard-rock.
As pessoas aqui são diferentes.
Estamos a anos luz do ambiente jet-set da Kapital ou do Blues.
Aqui vem-se porque se tem o vício do rock e do bom hard-rock. Não se vem ver a Kiki e o Manelinho.
( Foto de Catarina, Miguel e Marta )
Do tecto, sobre a pista, pende uma gigantesca bola de espelhos, enrolada em tubos de néon, que se prolongam ao longo da parede e do tecto, pintados a preto. É demodé e faz-nos lembrar que esta casa tem 30 anos. Os strobes têm o papel principal na iluminação da pista e contribuem para o aspecto entre o gótico e o industrial do espaço.
Depois do segundo vodka tónico, no preciso momento em que os ACDC gritam Thunder, avançamos para a pista e só paramos horas mais tarde, esgotados e a precisar de ar fresco.
Descemos as escadas, há carros parados, uns com pessoas dentro e os vidros embaciados, outros vazios e com pessoas sentadas no capot a fumar. Um sonoro e vibrante BUM-BUM ecoa das janelas ainda abertas, por baixo da bancada. A música ainda está a abrir."
Este texto foi retirado de:panodopo.blogspot
Retirado de Portugalnight.com
V Back to Crazy Old Tim
…de novo sucesso
2008-02-28
Na noite do passado dia 28 de Fevereiro, Vasco Valença de Sousa voltou a tocar o gongo, e a geração vinil partiu uma vez mais, atrás da sua música na catedral do Estoril que dá pelo nome de 2001.
Com casa cheia desde bem cedo e com a ganga a tomar lugar dos fatos e gravatas, esta voltou a ser uma festa de originais, sem penetras e confusões.
A música, como dissemos feita de originais, fez este 2001 regressar aos seus melhores anos de sempre, levando tudo e todos a pensar que há coisas, que o tempo de facto não consegue apagar. Embora aqui e ali despontem remembers ao melhor estilo do Azerbaijão, por estes lados, o algodão não engana e por isso, esta é sempre uma noite especial. Grandes malhas neste palco de famas.
IV Back to Crazy Old Times – Os deuses loucos2007-09-27
Na noite de ontem, no escurinho do 2001, Vasco Valença de Sousa voltou a tocar a rebate os sinos das capelas de luxo do Estoril, e a festa, naturalmente que aconteceu.
Pela quarta vez, a noite realmente brilhou.
O lema, Back to Crazy Old Times, é servido de forma magnânima primeiro, por conseguir juntar a nata, a seguir, por não ter caído na tentação de se multiplicar como habitualmente acontece com os cogumelos do país e por fim, por permitir um regresso aos velhos tempos, sem qualquer problema pelo meio.
Na noite de ontem, o 2001 voltou a brilhar, com o dj Carlos Ferreira a impor os ritmos, “castigando” as barriguitas dos conselhos de administração. Passar ao lado das Back to Crazy Old Times, é cada vez mais passar ao lado do momento. Grande festa.
No escurinho do 2001 – Back to crazy old times III – foi ontem2007-03-01
Vasco Valença de Sousa, tirou a noite de ontem, para presentear a “Linha” com mais um “Back to crazy old times”, desta feita a III e com a mesma alma.
Reabrir o 2001 a uma quinta-feira, através de uma festa em que os convidados são escolhidos a dedo, é quase como cumprir os desígnios do belo, já que, como em tudo na vida, não há nada melhor que um original.
Foi desde cedo, que a geração de ouro da “Linha” começou a chegar, foi dando a senha à porta e entrando, na sua maioria com a “guitarra” debaixo do braço, para mais uma festa, uma senhora festa.
A maioria dos presentes, saiu mais cedo, deixou em casa gravatas, sapatinhos de pelica e fatos Armani ou Cerruti, para de calcinha de ganga e camisinha da moda, voltar a “partir”, Ramones, ZZ Top, Sex Pistols, Nina Hagen e outros que tais, enquanto aconchegava a alma com os amigos de sempre. A festa, “Back to crazy old times” é o original. Exactamente por isso, não tem par, não é para todos e raia o memorável. Graaaaaaaaaanda festão!
Back to crazy old times II” Um "must"2006-09-28
Vasco Valença de Sousa, voltou a agregar um grupo de amigos, constituído por Catarina Noronha, Cláudia Rodrigues, Tété Mendonça, as irmas Martorell e Janica Roquette, para assinarem mais uma noite, na discoteca 2001 no Estoril.
A “Back to crazy old times II”, voltou este ano a ser organizada de forma discreta, conseguindo desta forma, juntar realmente um nicho de pessoas fantástica, na sua maioria quarentões, que uma vez por ano, abandonam discretamente as suas cadeiras de alguns badalados concelhos de administração, voltam a vestir as suas calças de ganga e blusão, para com a mais pura e imaginaria guitarra, “partir” Ramones, ZZ Top, Sex Pistols, Nina Hagen e afins, sem a necessidade da postura das modas do novo século.
Quase todos se conhecem, quase todos viveram os mais loucos anos oitenta e todos sem excepção, estão bem com eles mesmos.
O resultado de tudo isto, é uma festa pura, inimaginável para a maioria, mas sem saudosismos, porque esta gente, continua a saber divertir-se em grande estilo, embora se note, existir uma maior ponderação. Se há festa que é festa, é a “Back to crazy old times”. É a original. Embora existam cópias, aqui está, a mais pura geração da “Linha”, que continua um “must” e o resto, são mesmo conversas.
2001 Arrebata com viagem no tempo2006-02-23
Vasco Valença de Sousa pensou e Catarina Noronha, Cláudia Rodrigues, Tété Mendonça, as irmas Martorell e Janica Roquette, uniram-se, no propósito de assinar uma noite diferente, no saudoso 2001 no Estoril.
O projecto, foi baptizado de "Back to crazy old times" e foi desenvolvido, exclusivamente através das ligações dos organizadores à geração, agora sem a frescura da irresponsabilidade, mas com sangue na guelra para fazer uma noite, no mínimo, memorável. O que teria sido esta festa a um sábado? Acreditamos que a apoteose até de manhã, assim, houve na mesma apoteose, mas com o bater das cinco badaladas, deu-se a hora da Cinderela, pois as responsabilidades dos cadeirões de um sem número de empresas, atiraram esta geração de sonho para a caminha.
Conseguir superlotar o 2001 vinte cinco anos depois, deixando do lado de fora dezenas e dezenas de pessoas, foi uma obra de arte. Por entre encontros e reencontros, esta casa voou ontem à noite, para a magia dos anos 80. Por problemas técnicos com equipamentos, não nos é possível apresentar a totalidade da reportagem efectuada. Para a história, fica esta noite, que deverá ser repetida porque o impossível é possível de acontecer. Memorável, é mesmo pouco!
2001
"Meia noite.
Autódromo do Estoril.
Parque de estacionamento cheio.
Luzes brancas nas escadas.
O Seixas à porta. Enorme e assustador. BI se faz favor.
BI’s falsos, emprestados, passados de dentro para fora.
Exercícios de memória, nome do pai, nome da mãe.
Senhas para os rapazes, quinhentos escudos cinco cervejas.
Meninas não pagam.
Musica aos berros.
Dançar a noite inteira.
Dormir nos sofás.
Apaixonar-se.Voltar à boleia.
Estação do Estoril.
Beijos na praia.Primeiro comboio da manhã."
"O que será feito daquele velho do carocha, que levava a mãe e ela ficava dentro do carro a noite inteira a comer tangerinas?"
Publicado por 100nada às outubro 26, 2004 01:37 AM
Este texto foi retirado de:
100nada webblog arquivo 033161
(retirado do blog Clube da Carga)
BOITE 2001 - MÍTICO ROCK
"Sábado à noite, lá estava eu à entrada do Autódromo do Estoril, com os nervos à flor da pele,para disfrutrar de mais uma mítica noite de rock na discoteca 2001.
Passando o torniquete, sem pagar nada, pois as gajas continuam sem pagar (vá lá alguma coisa que não muda) lá estava eu a ouvir as grandes malhas do Rock e a ver o pessoal com a sua guitarra imaginária a dar grande espéctaculo na pista (uns sempre mais ousados que outros) mas sempre a curtirem...
Fui buscar o meu Gin tónico (obrigatório) e ao som da música lá fui abanando o esqueleto com a minha guitarra (claro, outra coisa obrigatória) e deixei-me levar ao som de AC/DC ou Nazareth (para mim fantásticos).
Quem não conhece, não imagina o que é sentir o 2001 ao rubro, quando o pessoal de 60 anos abana o capacete e toca a sua guitarra tal e qual como os putos que têm idade para ser seus netos. É incrível constatar que, ao fim de mais de 30 anos o pessoal vai ao "2" numa autêntica romaria, se bem que agora já não é nada do que foi antigamente. Não importa se tens 50 ou 30 anos, se és doutor ou engenheiro, o interessante é que o pessoal que ali se dirige vai com o único intuito de curtir um som único (que não passa em mais nenhuma discoteca do país) e que marcou impreterivelmente as suas vidas.
Já lá vai o tempo em que olhava para o lado e via o gajo com a bela da botinha de bico e camisola de alças a abanar a guitarra imaginária, o pessoal do Heavy a dar cabeçadas no ar e os seus cabelos a voar, o cheiro da ganja , mas tudo na mesma onda do Rock. Hoje em dia, esses senhores já são espécies raras, já há uma grande panóplia de gente, alguns com ar snob, gente bem vestida e alguns betos, mas todos com o mesmo gosto pelo rock do 2001. Ah as ganazas continuam a existir, quer fumadas mesmo na pista ou cá fora por baixo das bancadas do autódromo.
Ainda me lembro quando ali entrei pela 1ª vez, com os meus 17 anos, com o coração aos pulos por finalmente conhecer a tão falada Catedral do Rock e pensar "afinal é isto??.." Mas o som falou mais alto e ía todas as 6ª e sábados, ficando muitas vezes até ao fim para dançar a sempre entusiasta valsa de fecho de noite com a minha amiga Farfalita. Enfim...longe vão estes anos de loucura!!
Para quem conhece sabe do que falo e do sentimento que é ir ao 2001.....!!! "
2001 by Gpar
"2001, o 2, club do rock, a disco do autodromo, a disco do heavy, bancadas, musica do pessoal das obras, são nomes ou termos pelos quais me habituei a ouvir durante muitos anos associados à "discoteca 2001- a catedral do Rock".
Para quem não sabe o 2001 fica situado por de baixo das bancadas do autodromo do Estoril, quando abriu (inicio / meados dos anos 70) gabava-se de ser a discoteca que tinha o sistema de som com mais potência de toda a Europa e hoje pode-se gavar de ser provavelmente a discoteca de Rock (rock club) em actividade mais antiga da europa, a grande particularidade e o motivo pelo qual se destaca de todas as outras deve-se ao tipo de som que toca no seu espaço, o bom Rock FM ou o denominador mais comum as grandes malhas da linha de Cascais.
No inicio da década de 80, então com os meus 14-15 anitos lá ia , eu acompanhado pelo meu irmão e respectiva Troupe de gandulos apanhar o comboio em Oeiras até ao Estoril, a chegada era normalmente por volta da meia noite bebia-se uns copos pelas tascas da zona e sem tempo a perder 5 "manos" em cada taxi e voilá siga para bingo.
Ainda hoje me recordo de sentir um formigueiro quando o taxi entrava na recta de acesso às bancadas, o inicio da recta sem iluminação e ao fundo uma névoa de luz, à medida que o taxi avançava podia ir a 200 kms mas a minha sensação era que ia metro a metro abrindo a noite escura e a névoa ia aumentando cada vez mais de tamanho até se descortinar num clarão branco transmitido pelas luzes das escadas.
Lembro-me que na altura o porteiro era um "gajo" enorme se a memória não me falha chamava-se Seixal, Seixas, qualquer coisa assim.
O objectivo principal era passar aquele inovador sistema de torniquete que dava acesso ao atriu de entrada do 2001. Esse porteiro cada vez que lá íamos dizia sempre a mesma coisa "- Ó pá Rui, porra estás a pôr-me no prego quando trazes essa "coisa" contigo, toma lá bem conta do fedelho."
Anos mais tarde já com a autoridade dos meus 18-19 anos, assistia às tentativas de fedelhos tentarem a entrada com BI dos amigos que os passavam de dentro para fora, as inesquecíveis ratoeiras do porteiro com as tradicionais perguntas do nome da mãe e do pai e data de nascimento, e lá se ia o esquema por agua abaixo.
A pista de dança é grande em forma redonda, rodeada de sofás e poltronas, com enormes colunas a debitarem os famosos decibeis, podia-se beber 5 cervejas de garrafa com a entrada de 500 escudos, ainda hoje me lembro perfeitamente desses talões.
Uma vez lá dentro, era sempre a rasgar, Bronsville station, Aldo Nova, MC5, Deep Purple, 38 Special, Van Zant, AC/DC, Rainbow, Peter Frampton, Queen, enfim era um desfilar constante de rock como não se ouvia em mais nenhum outro lado, talvez o Jetset e mais tarde o News se poderia equiparar, a diferença era sobretudo no tipo de gente, mais fashion e mais mulheres no Jetset, e mais "pessoal das obras" da pesada e muito menos mulheres no 2001.
De resto era o ritual normal de vir à boleia ou a pé até ao Estoril, a diversão era ir pontapeando os postes de iluminação fazendo com que se apagassem ao passar da romaria.
Uma vez alcançada a estação do Estoril era o repouso dos guerreiros, quem tivesse "sacado" uma garina ia para a praia quem não tivesse ficava a dormir nos bancos da estação ou na praia.
Isto é o que eu me lembro quando se fala ou se recorda os tempos do 2001, claro que com o avançar dos tempos e da idade, não se deixou de ir ao 2001 apenas se alterou a forma de viver o 2001, passou-se a ir de carro para o 2001, a abertura de novas discotecas levou à diminuição de publico, as novas mentalidades e a transformação do tipo de musica que se tornou moda (House/trance) levou a que o tipo de frequentadores também se torna-se mais "pesado" as situações mais complicadas também se tornaram mais frequentes, não que se possa culpar algo ou alguém por isto, será apenas um reflexo da sociedade que se transformou.
Deste modo e porque a idade também não perdoa a ninguém fui deixando de ir a discotecas, também porque se calhar fui amealhando as malhas que passavam no 2001 e assim podia bombar as malhas em casa ou no carro.
Destas duas décadas de convivência nocturna e posteriormente o contacto com uma serie de gente que não conheço pela internet, à uma única coisa que nos une a todos, as grandes malhas do tipo de som que se associa ao 2001."
Pedro “labtop”.
TEXTO by Gpar_Newws a 10 de Março 2005
Este texto encontrava-se no site, rock-planet e por razões que desconheço este espaço desapareceu da internet, com muita pena...